3 de setembro de 2011

O MUNDO DO ROSPO — 10

Caro amigos,

Sábado! E sábado é aqui, em nosso ROSPO.
E vamos que o tempo diz que o tempo já está galopando no sábado e se a gente bobear...
Mas aquele amigo cá está de prontidão, com suas novas histórias; eu disse: piada. Ele disse, são histórias. Bem, ninguém vai discutir com ele agora, só apreciar, e se deixar levar pelas suas brincadeiras, o BLOGUEIRO:





CHEGA!   CHEGA! CHEGA! 
Vamos parar por aí! 
Agora sou eu, o Rospo!




ROSPO E O CORAÇÃO


Estão os três amigos numa festa, quando o Rospo faz uma inesperada declaração.

—Sapabela, eu a amo do fundo do meu coração!

—Rospo, que surpresa!

—Está errado, Rospo.

—O que está errado, Doutor Aparecido Palestra ?

—Dizer que ama alguém do fundo do coração, pois amamos com o cérebro. O coração é apenas um músculo. É com o cérebro que sentimos...

Como a Sapabela demonstra estar impressionada com a intervenção do amigo cientista, Rospo decide enfrentar a argumentação.

—Errado nada, meu caro Doutor! As palavras nascem em universos específicos. Nascido no trovadorismo, o “amor que vem do coração”, tornou-se um símbolo universal aceito por todos os povos e épocas.

—Que interessante, Rospo...

—Tem a ver com o pulsar da vida, Sapa.

—Fale mais.

—O coração, para a ciência, é apenas um órgão, mas no universo literário & poético é o símbolo universal do amor. Seria esquisito se o romantismo tivesse escolhido outro órgão. Creio que não soaria bem alguém dizer que ama alguém do fundo dos seus rins ou do fundo do seu fígado.

—Ou do fundo do seu cérebro!- arremata a Sapabela.

- E então, meu caro doutor Aparecido Palestra, satisfeito?

—Você tem razão, meu jovem amigo, eu sou especialista no universo cientifico, mas desconheço os motivos do universo poético.

—Mas eu fiquei curiosa com uma coisa, Rospo...

—O que foi, Sapabela?

—Que história é essa de “Amo você do fundo do meu coração!”?

—É...bem...er..hã...
— Explique, meu amigo, a palavra é toda sua.

—O coração está pulsando muito rápido, Doutor...
Eis aí um momento em que os dois universos se cruzam.





A LUA E A SAPABELA


No brejo, Rospo, o sapo brejeiro, enamorado que só ele, tentava, com seus boleros de amor, conquistar a sempre tão distante e bela Lua.

Derramava ao luar a sua elegante voz.

Como se fosse o último romântico do século, tocava a sua viola e, bolerando, bolerando, declarava seu impossível amor pela insensível Lua, que no azul, distraída passeava.

Entre as folhagens, a Sapabela, entristecida, ouvia o sapo cantor e suspirava.

—“Que pena que ele só pensa na Lua. Se ao menos lembrasse que eu existo!”

E o sapo a cantar desabafava:

—“Não adianta! A lua nem ouve os meus boleros. Serei sempre um sapo solitário...”

E porque às vezes o amor está tão perto, mas a gente nem repara, o sapo continuava sonhando com a distante Lua, dedicando-lhe seus apaixonados boleros de amor, sem ao menos ouvir, atrás das folhagens, o palpitante coração da Sapabela.



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Bem, lá vamos nós! 
E vamos que o Sábado nos leva.



Oi, moça! Você sabia que hoje é sábado?

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2 comentários :

Apaixonada por Livros disse...

Ah! Eu sei e adoro passar meu sábado com o Rospo \o/

MARCIANO VASQUES disse...

Iupiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiii!
Adorei, fiquei feliz que estou valsando, Marcia

(Rospo)