Saudades de Osamu Tezuka

NO DIA 3 DE NOVEMBRO, OSAMU TEZUKA completaria 83 anos. O gênio do desenho japonês faleceu em 1989 em decorrência de um câncer no estômago. Considerado o pai do Mangá Moderno,  este brilhante mangaká nos deixaria um legado inestimável.

São suas as criações “A Princesa e o Cavaleiro”, “Astroboy”, “Don Drácula”, entre outros.  

Muitos cresceram assistindo a estes desenhos, que partiam da produção em grande escala de episódios, como faziam também os geniais  Hanna William e Joseph Barbera. É curioso, no entanto, que aqueles olhos grandes e expressivos tão difundidos por Tezuka, viessem do ocidente, mais especificamente dos desenhos norte americano de Walt Disney. O que surpreende é saber que hoje em dia a própria Disney, influenciada pelos desenhos japoneses, venha aplicando estes mesmos olhos em suas produções recentes, desde a retomada, em 1989, com “A Pequena Sereia” , coincidentemente ano da morte de Tezuka. Mas as coincidências não param por aí. Envolvem a polêmica provocada pelo lançamento de “O Rei Leão” , cujo personagem principal, Simba, se semelhava e muito ao leãozinho Kimba de Tezuka. Embora honrado com o que considerou uma inspiração, Osamu teve  seu desenho barrado no Festival de Toronto FantAsia Film Festival.

Aqui, no Brasil, outro grande artista dos quadrinhos, Maurício de Souza, pretendia fazer um crossover com Tezuka em projetos na década de 1980,  mas os mesmos foram engavetados após a morte do mangaká. O próprio Maurício, em recente declaração, pretende retomar o projeto e realizar uma história com os personagens de Tezuka em uma edição da revista “Mônica Jovem”. Vai ser a primeira vez que veremos um crossover entre personagens brasileiros e japoneses!  O que será um ganho inestimável, já que é incontestável o talento destes dois ícones dos quadrinhos.

Infelizmente, gênios não duram para sempre. Mas a sua arte sim!